Ruka e Kuka: Ser bom pai/mãe não é viver em função dos filhos...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Ser bom pai/mãe não é viver em função dos filhos...

Hoje é dia de conversas de pais e filhos...

O nascimento dos meus filhos foi claramente uma opção, mas em consciência uma opção que durante os primeiros anos de vida teve algumas consequências grandes na minha vida profissional, na minha vida em casal e também na minha vida social e até na minha vida comigo.

Chegou uma altura em que, com eles mais autónomos e mais maduros, tive que fazer a opção: vou me manter apenas a mãe dos meus filhos e deixar de ser eu própria, ou vou recuperar a minha vida, fazer as coisas que tanto gosto de fazer, recuperar os meus momentos, a minha felicidade enquanto indívíduo e permitir que os meus filhos se encaixem de forma natural nos bons momentos da minha vida?

E foi quando estava neste dilema, que vi este texto e que me marcou muito pois fez parte da minha decisão de voltar a ser eu... não fui eu que escrevi, mas marcou-me muito e por isso resolvi partilhar com todas as mães que possam agora estar a passar por uma fase destas...

Os meus filhos já estão mais crescidos (6 e 8) e são felizes porque tenho a certeza que sem abdicar dos meus momentos lhes consigo dedicar a atenção que eles precisam, e que como fiquei feliz por recuperar a minha vida, lhes consigo passar muito mais alegria.

Eles estão agora muito mais autónomos, felizes com eles próprios e felizes com a mãe feliz!!!


http://coisasdepais.blogspot.pt/2013/04/coisas-de-arvore-de-5-troncos.html?m=1

Coisas de Árvore de 5 ramos

Hoje imaginei-me a trepar a uma árvore com os meus filhos. Instintivamente, corremos todos para o mesmo ramo, para ficarmos juntos... e o ramo partiu-se. Cada um de nós já tinha um peso próprio. Cada um de nós já sabia trepar sozinho. Era tempo de cada um de nós viver no seu ramo, ainda que na mesma árvore.
Então, pedi a cada um deles que escolhesse o "seu" ramo. Um escolheu um ramo mais grosso para que ele nunca se partisse, outro um ramo mais alto para poder tocar o céu, outro um ramo mais torto para fazer acrobacias, outro um ramo mais comprido para poder ir e voltar sem sair da árvore.
Deixei-os escolher os seus ramos à vontade e só depois fui sentar-me no meu: o mais fininho que havia na árvore, para dessa forma deixar todos os ramos bons, livres, para eles.
Mas, assim que me sentei, o ramo partiu-se e eu fui parar outra vez ao meio do chão.
Então os meus filhos vieram buscar-me e explicaram-me que eu também tinha que escolher o meu ramo, que tinha de ser forte para aguentar o meu peso, que tinha de ser lá no alto para eu tocar no céu, que podia ter partes tortas para quando eu quisesse fazer acrobacias, e que devia ser igualmente comprido para eu ir e vir as vezes que quisesse, sem sair da árvore.
Eu achava, até então, que não devia preocupar-me em escolher um bom ramo para mim, porque a minha prioridade eram eles. Mas os meus filhos ensinaram-me que, na árvore da vida, todos merecem o seu lugar. Um lugar especial, à nossa medida. E uma mãe que saiba escolher o seu ramo, terá a força, a altura, a forma e o comprimento adequados para dar isso tudo e muito mais aos seus filhotes...

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