Ruka e Kuka: 2015

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

E para o ano...

O fim do ano está a aproximar-se e por isso é fundamental começarmos a pensar o que correu bem, o que correu mal e o que poderemos fazer melhor para o ano...

Claro que o foco é sempre como é que vou ser mais feliz para o ano do que fui este ano... e pensando nisto vi um artigo interessante.


http://www.mymodernmet.com/profiles/blogs/daily-health-gen-life-tips


Para 2016, há algumas ideias do artigo que me parecem realmente muito relevantes e que vou aplicar mais:


Gostar de mim própria, confiando mais nas minhas capacidades, não permitindo que os outros abalem a opinião que eu tenho de mim, não me preocupando demasiado com o que os outros dizem de mim.



Apostar mais nas relações de família e amigos pois é com eles e deles que conseguimos tirar o melhor da vida.



Manter a meditação, os tempos de reflexão e o tempo para sonhar, para garantir melhores decisões com menos stress.


Praticar o perdão de uma forma completa, deixando que o passado fique lá atrás e não venha perturbar o presente. Tudo o que passou já não conseguimos mudar e por isso temos que viver o presente, arrumando o passado com tranquilidade.



E por fim, tentar manter uma vida um pouco mais saudável para tentar manter o corpo são em mente sã.



E assim olho para 2016 com muito optimismo e a certeza que o melhor ainda está para vir...

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O futuro dos media em Portugal...

Ontem encontrei este artigo de opinião sobre a situação económica dos jornais em Portugal, que me pareceu muito interessante e que me levou, mais uma vez, a pensar sobre o tema do futuro dos jornais em Portugal e sendo um pouco mais abrangente o futuro da comunicação social.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/para-nao-acabar-de-vez-com-os-jornais-e-a-democracia-1718101


Este é um tema que me preocupa por razões óbvias, mas também porque penso que para garantir o acesso a informação de qualidade é obviamente necessário manter os orgãos de comunicação social a funcionar, de forma livre e sem pressões económicas.

O problema económico é realmente muito grave neste momento em todos os grupos de media do nosso país: as vendas a cair, a publicidade a cair e as receitas online a não compensarem de forma nenhuma estas quedas. Mas será a forma de sobreviver, confiar em beneméritos, que em prol da democracia e do livre acesso à informação, condicionam as suas fortunas (ou as receitas geradas por outros negócios) aos media?

Não me parece... parece-me que aquilo que um jornal ou qualquer orgão de comunicação social comercializa tem valor e por isso deve ser pago, e bem pago. O trabalho de um jornalista é muito valioso e tem que ser tratado dessa forma. Quem o vai pagar? Como o vai pagar? São respostas que não tenho, são respostas que o mundo inteiro anda à procura...



Há uns anos, com a entrada da internet e da informação online gratuita (pensando que a publicidade iria pagar tudo), foi dado o primeiro grande passo para a banalização da informação e para o livre acesso a um bem precioso... depois, com as redes socias e os motores de busca a informação ficou cada vez mais acessível a todos e muitas vezes perdendo até a assinatura de quem a produz. Depois disso, começaram a aparecer os jornalistas caseiros, pessoas comuns que pensam conseguir fazer notícias tão bem como os profissionais.
Por outro lado a falta de dinheiro e também algum conformismo dos jornalistas, diminuiu significativamente a qualidade do jornalismo feito em Portugal.
Todos estes ingredientes juntos estão a destruir a comunicação social em Portugal e penso que tudo o que é banalizado perde o seu valor e por isso é fundamental que o acesso a estes conteúdos de qualidade volte a ser restringido para os valorizar (para que lhes seja atribuído o valor que merecem).

Ao contrário daquilo que o artigo defende: "Também é claro que não são os jornalistas que têm de resolver os problemas económicos dos jornais", eu penso que os jornalistas devem ser parte da solução destes problemas.
Historicamente os jornalistas têm efectivamente uma má relação com o dinheiro e com a gestão, mas tenho a certeza que sem a colaboração dos mesmos e a sua sensibilização para a necessária racionalização dos custos e para a extrema necessidade de rentabilização dos conteúdos nunca iremos conseguir ultrapassar este problema.
Já ouvi várias vezes que os media não são um negócio, e muito embora concorde que hoje em dia não seja um negócio para enriquecer ninguém, nem para ter lucros desmesurados, tem que ser encarado como negócio, em que o que fazemos tem que ser apreciado pelos nossos seguidores em todas as plataformas, de forma a conseguirmos monetizá-lo. Só assim conseguiremos encontrar forma de ter empresas saudáveis, que permitam pagar os salários e pagar todas as despesas a fornecedores.


Concordo plenamente que hoje os salários que as empresas de media pagam a quem começa a trabalhar são muito baixos face à quantidade e até à qualidade do trabalho que lhes é pedido, mas para que isto mude é urgente e fundamental que as receitas aumentem de forma a tornar viável aumentar os custos, sem pôr em causa a sustentabilidade da empresa. Para isso penso que todos temos que repensar o negócio e os jornalistas terão MESMO que fazer parte integrante desta mudança, pois serão os primeiros a ter que perceber o que os clientes procuram e a adaptar o produto àquilo que é mais valorizado.

Terá também de haver uma discussão alargada na sociedade sobre a importância dos media de forma a que todos percebam o tamanho do problema e juntos teremos que procurar soluções que sejam proveitosas para todos (os media juntos entre si, com o governo, com as agências de publicidade e também algumas entidades privadas de relevância, como por exemplo, os operadores de telecomunicações que têm estado muito activos nos últimos dias).
Em paralelo temos que manter a nossa atenção em tudo o que se vai fazendo neste âmbito pelo mundo fora, para vermos as tendências e tentar desta forma antever potenciais soluções.




segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Não existe família perfeita...


"Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas. Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física , emocional e espiritualmente. É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença".

Papa Francisco



É tão bom ouvir estas palavras sábias, porque estou mesmo a precisar...

Hoje, durante a manhã tive mais uma prova à minha paciência, pois o meu filho mais velho, com 8 anos, parece-me começar a atravessar uma fase de pré-adolescência que aparece muito cedo mas que o torna impossível... está com uma enorme necessidade de protagonismo, e a forma de o conseguir é a fazer disparates... 
Poder-se-ia pensar que estamos a dar-lhe pouca atenção e que ele se está a sentir sozinho e abandonado... mas não, ele está de férias, com a atenção da avó totalmente focada nele e no irmão. Mesmo nós, nesta época temos alguns dias de folga e por isso temos estado com eles mais tempo, temos tido o cuidado de pensar alguns programas para eles, temos feito imensas saídas em família, temos brincado juntos e ontem até teve a manhã toda do pai só para ele pois foram juntos jogar uma partida de golfe.

É verdade que também tenho tido noites difíceis, ensombradas por inúmeros pesadelos e insónias e isso também reduz a minha paciência... mas faço um esforço por falar com ele e explicar-lhe tudo a bem... como é possível que ele não me quer ouvir?!?!?!



Normalmente, com conversas calmas e com tudo bem explicado ele percebe, acalma-se e, pelo menos durante um tempo, o comportamento muda... o problema é que hoje tentei uma conversa dessas e ele nem me deu atenção...

Enfim, vou ler e reler as palavras sábias do Papa Francisco, pensar como o meu fihote é um docinho quando quer, perdoar estes maus comportamentos e voltar à noite para casa com o coração limpo desta raiva que sinto neste momento... Não é fácil!!! 



Image result for quem disse que a vida era fácil


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O Natal está a chegar...

Ontem acabei as prendas de Natal... todas feitas por mim o que embora faça poupar um pouco de dinheiro cria algum stress pois os timings são sempre apertados... e conseguir fazer todas as prendas depois do trabalho é sempre duro...

Eu fiquei com as prendas das meninas e senhoras e o Tiago ficou com as prendas dos meninos e dos senhores...

Os meninos ficaram com os sacos... comprámos sacos brancos de papel, e eles decoraram um saco por cada pessoa para depois colocarmos lá os presentes... honestamente já não sei se os presenteados irão gostar mais do recheio ou mesmo do saco...  ficaram mesmo giros! :)

Isto é que são prendas totalmente personalizadas!

Do meu lado fiz cachecóis, golas e casacos (e em breve irei colocar aqui as prendas dos homens e meninos que também ficaram muito giras!):












Espero que toda a família goste do que fiz, pois foi feito com muito amor... e eu gosto do resultado! :)


Feliz Natal para todos!!











segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Um fim de semana de patins...

Este fim de semana, depois de no fim de semana passado pai e filho terem ido patinar no gelo, foi de patinagem mas agora em terra...

O mais pequeno já tinha patins que o padrinho lhe tinha oferecido, e os outros 3 fomos para a Decathlon em busca de patins em linha... Ainda perguntámos a um dos funcionários o que diferenciava os vários modelos pois havia modelos desde 40€ até 150€, mas apesar se ser muito simpático não me conseguiu convencer sobre as diferenças técnicas dos vários modelos e então optei por uma escolha muito racional "os mais bonitos a um preço razoável".

E assim comprámos 3 pares de patins (para o filhote mais velho, para mim e para o meu marido):

PATINS Linha,4 rodas Patins, Skates, Trotinetes - Patins FIT 3 Criança Vermelho OXELO - Patins, Skates, TrotinetesPATINS Linha,4 rodas Patins, Skates, Trotinetes - Patins FIT 5 Criança Rosa OXELO - Patins, Skates, TrotinetesPATINS Linha,4 rodas Patins, Skates, Trotinetes - Patins Fitness FIT 5 Homem OXELO - Patins



E claro, não nos esquecemos das protecções...

PATINS - acessórios, proteções Patins, Skates, Trotinetes - Proteções STANDARD Conjunto 3 POWERSLIDE - Proteções, Acessórios
E o resultado está à vista, no sábado demos umas voltas à casa da Aroeira e no domingo fomos para a zona sul tentar não cair...


O maior campeão dos patins a festejar os seus feitos... e eu a tentar equilibrar-me com a vassoura (podia sempre aproveitar para varrer...)



O Tiago num momento de descanso.

Falta a foto do maior artista, mas anda sempre com muita pressa... não o conseguimos apanhar em cima dos patins.

Foram momentos muito divertidos em que a partilha de experiências (até porque estamos todos ao mesmo nível - principiantes) foi muito interessante. Houve algumas quedas, mas os pequenos são de borracha e os crescido como têm medo caiem menos... 

Recomendo a aventura!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A força dos números...

Trabalhei 8 anos na PT, em áreas sempre muito relacionadas com a equipa de gestão, em áreas de estratégia e de controlo de gestão. Durante esse tempo sempre me foi ensinado que conhecer os números do negócio, interpretá-los correctamente e tomar as decisões com base em análises dos valores de mercado que iria evitar muitos erros...


Percebi que tinha tido realmente a sorte de ter trabalhado numa empresa mais evoluída, em que aquilo que se aprende nas escolas de gestão se aplica... fazer estudos de mercado, ter folhas de excel para calcular correlações entre causas e efeitos, fazer planos de negócio, fazer previsões de custos e receitas de projectos, ter planeamento, conhecer a fundo os custos e as receitas de cada operação... 

Para mim isto era a única maneira de gerir negócios e até mesmo quando tive uma lavandaria, um negócio de bolachas ou andei a vender colares e lenços, eu sabia quanto é que me custava cada peça, quanto é que tinha que vender para fazer dinheiro e tinha a contabilidade toda organizada em folhas de excel, com os respectivos gráficos que me permitiam manter visualmente o acompanhamento do negócio.




Mas entretanto apercebi-me de outra realidade empresarial, a das empresas tradicionais, mais pequenas, geridas totalmente com base na intuição e naquilo a que eu chamo os "achismos" (baseado no eu acho que)... Claro que os quadros destas empresas, que têm anos desta função têm uma intuição fantástica, mas o problema é que esta intuição é construída com base no passado e tem muito mais dificuldade em se adaptar às mudanças e à evolução.




Claro que o conhecimento do negócio é fundamental para tomar boas decisões e, de certeza, um gestor com anos de carreira no ramo tomará muito mais facilmente uma boa decisão do que um novato no ramo... no entanto a base das decisões terá, cada vez mais, que ser técnica, baseada em números, baseada em análise de causa-efeito, baseada em análises comportamentais dos clientes, etc. O acesso à informação cresceu exponencialmente nos últimos anos, a capacidade de armazenar informação dos clientes e de a trabalhar veio facilitar a função dos gestores (principalmente dos novatos), pois veio-lhes dar ferramentas de conhecer o negócio mais rapidamente sem ter que para isso passar longos anos na mesma função.

A arte de um bom gestor hoje, é encontrar os números certos e as análises certas que lhe permitam prever o futuro da melhor maneira. 

13 regras de ouro gestao

Para além da gestão do dia a dia, há claro a parte disruptiva do negócio que terá que ser feita com base em intuição e criatividade... mas neste caso estar agarrado à história do negócio poderá até ser uma grande desvantagem pois será mais difícil pensar "fora da caixa".


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O primeiro dia de férias dos meninos...

Começaram hoje as férias de Natal das crianças e é nesta altura que eu vejo o quanto as rotinas da escola e do trabalho são destruidoras para nós e para os nossos filhos...


Hoje acordei à mesma hora de sempre, mas com os meus filhotes ainda em casa... o mais novo já estava na sala a ver desenhos animados, o mais velho ainda dormia...

Levantei-me tranquilamente e fui-me deitar junto ao mais velho e com muitos mimos acordei-o lentamente. Recebi logo um enorme abraço e um beijinho muito repenicado :).
Levantámo-nos da cama dele e fomos para a sala juntos, abraçadinhos. Sentámo-nos um de cada lado do mais pequeno e levou um beijinho em cada face em simultâneo da mãe e do mano... Soltou um sorriso muito meloso e os manos juntaram-se num abraço muito apertado... :).



Isto enche o coração de qualquer mãe...

Durante o tempo que se seguiu, tudo se passou com tranquilidade... vestiram-se, comeram, brincaram... tudo a seu tempo, sem pressas. Uma manhã tão diferente das anteriores, em que andámos todos a correr, a berrar uns com os outros para nos despacharmos, a fazermos tudo a correr e sem tempo para prestarmos atenção uns aos outros...

Enfim... é a vida!!! Mas temos que aprender a gozar estas coisas boas da vida, estes pequenos momentos que podem ficar guardados para sempre e que nos fazem começar tão bem o dia, carregando as baterias para enfrentar o resto do dia...

Eu digo-vos sinceramente, hoje acordei com zero de vontade de me levantar e de vir trabalhar porque as coisas não estão fáceis, a falta de reconhecimento do meu esforço é a pior coisa que me podem fazer, no entanto, depois de tanto mimo que recebi fiquei novamente cheia de força, e com muito ânimo para continuar a lutar por aquilo em que acredito.

Continuo a achar que tenho a melhor família do mundo e que é com eles que eu ganho a força para enfrentar os dias de trabalho... obrigada família!!!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Entre o certo e o errado...


Hoje, no meu caminho de metro até ao trabalho, vinha a pensar que a decisão entre o certo e o errado é mesmo muito subjectiva...


Acontece muitas vezes surgirem grandes diferenças de avaliação, mesmo quando falo com pessoas por quem tenho a máxima consideração, falando em termos profissionais. Tento, muitas vezes, explicar aquilo que para mim é tão óbvio que é certo, e do outro lado parece que aquilo que digo não faz sentido nenhum.

Claro que no meu caso pessoal, como lido com pessoas com muitos anos de carreira nesta área sou logo etiquetada de... " lá vem ela, com a mania que isto é como nas telecomunicações... Não percebe nada disto e agora quer mudar tudo..." ou "ela é nova... ela vai aprender como isto funciona".



Eu posso vir de outra área, posso ter vivido uma realidade diferente, mas penso que na diversidade de ideias, no debate aberto dos temas, na construção de equipas pluridisciplinar está o futuro... as formas antigas de resolver os problemas não são necessariamente as melhores, e se fizermos o mesmo que sempre fizemos apenas porque sempre foi assim, estamos a perder uma grande oportunidade de evoluir, de caminhar em frente, de revolucionar e mesmo de garantir o sucesso no futuro.
Claro que pelo caminho poderemos ter algumas decisões menos boas (faz parte!), mas temos que aprender a ser suficientemente resilientes para rapidamente corrigir e avançar por melhores caminhos...

Às vezes fico frustrada, porque aos meus olhos a necessidade de evoluir é óbvia, mas a máquina teima em não mexer, mas já aprendi a ter calma e percebi que as decisões precipitadas raramente são as mais acertadas... Obviamente que não tem que se mudar tudo, porque há coisas que estão bem... mas isso não quer dizer que não sejam questionadas na mesma...

Antes de vir para aqui levei muitos anos a estudar. Tanto no MBA que fiz, como nas conversas com gestores novos que têm tido bastante sucesso, percebi que a forma de gerir mudou e muda todos os dias... Temos que evoluir com os tempos, acompanhar as novas tendências e sem nunca dar um passo maior que a perna arriscar de forma controlada...

Esta é para mim uma visão clara e alinha com aquilo que aprendi dos melhores. No entanto, algo que me parece tão óbvio e que não me levanta qualquer dúvida, não é bem aceite aos olhos dos outros. E quando essas pessoas têm poder de influência na decisão, tenho que aceitar... Mas eu tenho esperança que devagarinho isto vai... Aceitar, não significa desistir...

Porque eu não vou desistir! :)



terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Para ser feliz é preciso um pouco de alheamento da realidade?

É sempre difícil encontrar o equilíbrio entre viver uma vida totalmente inventada, em que tudo o que nos faz mal pomos de lado, e uma vida concentrada na realidade o que implica dar espaço ao sofrimento, prestando atenção aos males que nos acontecem e vivê-los de forma muito intensa.


Claro que, como em tudo, no meio é que está a virtude. Perceber que o mal não é o que nos acontece mas o pensamento que nós temos sobre as coisas que nos acontecem, pode ajudar a minimizar a força percebida do que nos acontece de mal (sim, porque problemas todos temos)... E por isso quando vemos coisas com que não concordamos, e que muitas vezes não conseguimos mudar, não vale a pena sofrermos com elas... temos que aprender a ignorá-las e continuar o nosso caminho.




Claro que há outras situações que mexem connosco diretamente, que põem muitas vezes em risco o nosso bem estar. Mas até nestas situações, se não podemos fazer nada, teremos que lutar contra as nossas reacções de tristeza e revolta... aprender a viver com elas da melhor maneira, superando estes males e continuando o caminho sem pensar muito nisso.

E é aqui que eu dou comigo a pensar... mas se são coisas importantes, que nos dizem respeito diretamente, como podemos continuar o caminho sem sofrer? Não será isso um sinal de insanidade, sinal que estamos a viver uma vida que não é verdadeira?

É realmente um ponto difícil de solucionar, mas penso que o ponto importante é por um lado aprender a relativizar, ou seja, aquilo que é importante no momento versus aquilo que é realmente importante para a vida e por outro lado conseguir separar o que conseguimos influenciar daquilo sobre o qual não poderemos fazer nada...



Quando há assuntos que nos chateiam, mas que podemos fazer alguma coisa sobre eles, é quando o controlo das nossas reacções é mais importante, porque teremos que ter calma e encontrar o melhor caminho para as soluções. E se for algo realmente importante temos de manter o foco: traçar os objectivos, desenhar o plano, ir à luta e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para lá chegar... 

E acreditar!!!










segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Um banho de motivação por dia...



Hoje, segunda-feira, quando acordei, a cama agarrou-me e não me deixou levantar... foi uma luta dura e depois de alguns rounds em que claramente a cama me estava a vencer, e quando me aproximava de um KO, lá puxei pelo meu racional e pensei "Tenho mesmo que me levantar e ir trabalhar".

A chuva caía lá fora e eu apenas me lembrava da pilha de facturas que tinha para validar e para organizar... por outro lado o edredão quentinho aconchegava-me e não me permitia ter nenhum pensamento racional...

É nesta altura que eu penso... então e onde anda a minha motivação?


Pois é verdade que o tempo está mau, que o trabalho que tinha hoje para fazer não era o mais interessante que existe, que sendo 2ª feira nunca é um dia fácil... mas também sei que tenho que abanar os meus níveis motivacionais, pois a força tem que vir de dentro e não depender tanto dos factores externos...

É difícil? Eu sei que é... mas tenho que conseguir porque a vida nem sempre corre bem, e os dias nem todos nascem cheios de sol... 

Tenho que acordar cheia de força e vontade para enfrentar os desafios do dia-a-dia, cheia de esperança e perseverança. Penso que pela frente terei grandes desafios a aproximarem-se e para isso preciso de acreditar muito no meu trabalho e de ter grande motivação para não desistir... Desistir?!?!? Eu?!?! Hum... não me parece :)




Com um banho diário, tudo se resolve :). E esse ninguém me tira!


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

São sempre questões de ponto de vista...



A maior parte das vezes os conflitos só aparecem porque utilizamos o tom errado e depois as coisas crescem de uma forma desmesurada... e também porque as pessoas teimam em ler nas entrelinhas e ver maldade onde ela não existe...

Ainda hoje, de uma conversa com um colega percebi que aquilo que sempre fiz com a melhor intenção, apenas com vontade de resolver os problemas da melhor maneira, tentando sempre ouvir todas as partes e encontrar as melhores soluções... afinal é visto como uma intrusão no trabalho alheio e a criação de alterações no status quo que em nada vieram beneficiar o dia a dia. Mas se eu abri a discussão a todos porque é que não me disseram logo isso?

O maior problema que eu vejo nos relacionamentos é mesmo a falta de honestidade e de transparência das pessoas...

A quem me lê eu prometo uma coisa aqui: eu não quero fazer mal a ninguém e não quero tirar nada a ninguém... o que faço é mesmo com a intenção de melhorar as coisas.. sei que sou teimosa, mas podem ter a certeza que digo tudo o que penso e nunca digo uma coisa pela frente e outra por trás... E não levo a mal que não concordem comigo, desde que isso me seja dito num tom construtivo...


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Catarina... afinal quem é aquela mulher que a persegue?

Madalena saiu da escola completamente enternecida com a doçura de Catarina. Depois de à distância ter visto uma menina normal com um sorriso malandro, junto a ela encontrou uma menina delicada, simpática e muito doce.

Madalena tinha 34 anos, morena de olhos azuis e com uma pele muito clara. Tinha nascido no Algarve, mas com 18 anos mudou-se para Lisboa para estudar para a universidade em Lisboa. Estudou na Universidade Católica onde tirou o curso de gestão, tendo sido sempre óptima aluna, entre os melhores da turma. Durante a universidade conheceu Miguel, um rapaz do IST, moreno, de olhos castanhos, com mais um ano do que ela, e sempre muito divertido.

Foi amor à primeira vista, quando uma amiga comum os apresentou num arraial do Técnico. Entre a música de Xutos e Pontapés e alguma bebida, no ar começou um romance que haveria de dar os seus frutos. Casaram dois anos depois de Madalena acabar o seu curso. Miguel já trabalhava numa empresa de telecomunicações e Madalena en trara para uma consultora.

Tiveram a primeira filha quando Madalena acabara de completar os seus 26 aninhos... e apesar de terem pouco tempo disponível porque o trabalho de ambos era muito exigente, foram tempos muito felizes. Liliana, assim se chamava a sua menina, era uma linda, com uns caracóis dourados e os olhos azuis da mãe. Tinha um olhar muito sorridente, sempre bem disposta. Aos pais nunca deu uma noite difícil...

Parecia uma história tirada de um conto de fadas até àquele dia... ao dia em que tudo mudou na vida de Madalena e Miguel...

Era um bonito dia de sol de primavera, Madalena estava a trabalhar quando recebeu um telefonema da escola onde tinha deixado Liliana de manhã:

- Estou?!?!
- Bom dia, é a mãe da Liliana?
- Sim, sou eu. O que se passa com a minha filha? - respondeu rapidamente Madalena já a ficar um pouco assustada com a conversa.
- Nem sei como lhe dizer, a sua filha... a sua filha engasgou-se, deixou de respirar... chamámos de imediato uma ambulância e ela está agora a caminho do hospital... não sei lhe dizer mais nada a não ser que vai para o Hospital da CUF.

As lágrimas começaram a cair pela cara de Madalena...  não conseguiu dizer mais nada... desligou o telefone e demorou alguns segundos até conseguir ter alguma reacção. A sua pequena princesa, a luz da sua vida, tinha feito na véspera 7 anos... e agora estava a caminho do hospital... Pegou de imediato na chave do carro e, sem dizer nada a ninguém, saiu do escritório e correu até ao carro. Voou até ao hospital e só quando estava a parar o carro, junto à porta em cima do passeio, não se preocupando se quer se estava bem ou mal parado, é que se lembrou que não tinha avisado o Miguel.

Ao telefone com ele começou a chorar compulsivamente e pouco mais conseguiu dizer para além de:
- A Lili... hospital da CUF... urgências...

Miguel, do outro lado da linha, pouco ou nada percebeu... ainda tentou dizer algumas palavras de calma e conforto à sua mulher, mas rapidamente percebeu que não iria conseguir acalmá-la pelo telefone e que teria de ir para o hospital também e perceber melhor o que se passa.

Madalena entrou nas urgências e logo em frente encontrou a recepção. Em 7 anos de vida da sua filha nunca tinha sido preciso recorrer às urgências. Estavam 2 pessoas à sua frente para ser atendidas, mas Madalena desatou num pranto que rapidamente perceberam que estava numa urgência...

- A minha filha Liliana, entrou numa ambulância vinda da escola...



quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Um anúncio que dá que pensar...





E pronto lá fiquei eu a chorar... Sou uma lamechas... mas não aguento ver estas coisas e passar ao lado... :)

É tão verdade... no dia-a-dia da nossa vida tantas vezes que nos esquecemos de verbalizar o amor que sentimos pelos outros, de partilhar os nossos dias com aqueles que nos são mais importantes, de parar para fazer uma festinha aqueles de que tanto precisamos...

Quando será que vamos aprender a realmente aproveitar as coisas boas da vida? A valorizar aquilo que nos faz feliz? A dedicar o nosso tempo às pessoas a quem queremos bem?

Será preciso perdermos aquilo de bom que temos na vida, para realmente lhe darmos valor?

Vamos lá todos fazer um esforço para viver cada segundo como se fosse o último, pois nunca sabemos quando ele realmente chega...