"Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos perfeitos. Temos queixas uns dos outros. Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas. Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto autodestrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física , emocional e espiritualmente. É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença".
Papa Francisco
É tão bom ouvir estas palavras sábias, porque estou mesmo a precisar...
Hoje, durante a manhã tive mais uma prova à minha paciência, pois o meu filho mais velho, com 8 anos, parece-me começar a atravessar uma fase de pré-adolescência que aparece muito cedo mas que o torna impossível... está com uma enorme necessidade de protagonismo, e a forma de o conseguir é a fazer disparates...
Poder-se-ia pensar que estamos a dar-lhe pouca atenção e que ele se está a sentir sozinho e abandonado... mas não, ele está de férias, com a atenção da avó totalmente focada nele e no irmão. Mesmo nós, nesta época temos alguns dias de folga e por isso temos estado com eles mais tempo, temos tido o cuidado de pensar alguns programas para eles, temos feito imensas saídas em família, temos brincado juntos e ontem até teve a manhã toda do pai só para ele pois foram juntos jogar uma partida de golfe.
É verdade que também tenho tido noites difíceis, ensombradas por inúmeros pesadelos e insónias e isso também reduz a minha paciência... mas faço um esforço por falar com ele e explicar-lhe tudo a bem... como é possível que ele não me quer ouvir?!?!?!
Normalmente, com conversas calmas e com tudo bem explicado ele percebe, acalma-se e, pelo menos durante um tempo, o comportamento muda... o problema é que hoje tentei uma conversa dessas e ele nem me deu atenção...
Enfim, vou ler e reler as palavras sábias do Papa Francisco, pensar como o meu fihote é um docinho quando quer, perdoar estes maus comportamentos e voltar à noite para casa com o coração limpo desta raiva que sinto neste momento... Não é fácil!!!
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