Ruka e Kuka: A força dos números...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A força dos números...

Trabalhei 8 anos na PT, em áreas sempre muito relacionadas com a equipa de gestão, em áreas de estratégia e de controlo de gestão. Durante esse tempo sempre me foi ensinado que conhecer os números do negócio, interpretá-los correctamente e tomar as decisões com base em análises dos valores de mercado que iria evitar muitos erros...


Percebi que tinha tido realmente a sorte de ter trabalhado numa empresa mais evoluída, em que aquilo que se aprende nas escolas de gestão se aplica... fazer estudos de mercado, ter folhas de excel para calcular correlações entre causas e efeitos, fazer planos de negócio, fazer previsões de custos e receitas de projectos, ter planeamento, conhecer a fundo os custos e as receitas de cada operação... 

Para mim isto era a única maneira de gerir negócios e até mesmo quando tive uma lavandaria, um negócio de bolachas ou andei a vender colares e lenços, eu sabia quanto é que me custava cada peça, quanto é que tinha que vender para fazer dinheiro e tinha a contabilidade toda organizada em folhas de excel, com os respectivos gráficos que me permitiam manter visualmente o acompanhamento do negócio.




Mas entretanto apercebi-me de outra realidade empresarial, a das empresas tradicionais, mais pequenas, geridas totalmente com base na intuição e naquilo a que eu chamo os "achismos" (baseado no eu acho que)... Claro que os quadros destas empresas, que têm anos desta função têm uma intuição fantástica, mas o problema é que esta intuição é construída com base no passado e tem muito mais dificuldade em se adaptar às mudanças e à evolução.




Claro que o conhecimento do negócio é fundamental para tomar boas decisões e, de certeza, um gestor com anos de carreira no ramo tomará muito mais facilmente uma boa decisão do que um novato no ramo... no entanto a base das decisões terá, cada vez mais, que ser técnica, baseada em números, baseada em análise de causa-efeito, baseada em análises comportamentais dos clientes, etc. O acesso à informação cresceu exponencialmente nos últimos anos, a capacidade de armazenar informação dos clientes e de a trabalhar veio facilitar a função dos gestores (principalmente dos novatos), pois veio-lhes dar ferramentas de conhecer o negócio mais rapidamente sem ter que para isso passar longos anos na mesma função.

A arte de um bom gestor hoje, é encontrar os números certos e as análises certas que lhe permitam prever o futuro da melhor maneira. 

13 regras de ouro gestao

Para além da gestão do dia a dia, há claro a parte disruptiva do negócio que terá que ser feita com base em intuição e criatividade... mas neste caso estar agarrado à história do negócio poderá até ser uma grande desvantagem pois será mais difícil pensar "fora da caixa".


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